quinta-feira, 21 de março de 2013


 
ÀS  AVESSAS
Ervin Figueiredo

Não me tome por ingênuo, não sou.
Sou maldoso, mais do que me conhece;
Não me diga que não posso: eu vou !
Ainda que calado, minha voz permanece,
Tentar me deter é perda de tempo,
Hoje aqui, amanhã não sei onde estou.
Sigo a estrada, de preferência sozinho,
Sempre vou muito longe; volto no vento.
Seu cinismo conheço, nunca me prejudicou.
Sei do que posso, sou que nem porco espinho;
Quando quero consigo atingir meu intento.
Agora já sabes, me deixa em paz, acabou,
 Continuo em frente, onde estás, eu não vou.
Deixo-te  meu desprezo, mais nenhum sentimento.

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